LOS PECES NO GRITAN
domingo, octubre 29, 2006
sábado, octubre 28, 2006
Incauta Certidumbre - fragmento
"Era el camino para la playa. Nunca había estado en la playa. Empezé a ver de lejos un brillo distinto, bajábamos la sierra hasta el litoral. La noche fría, el cielo clavado de estrellas, tan estáticas y tan ofuscantes. Dejamos las ventanillas cerradas para calentar más nuestro pequeño espacio. Yo hablaba sin parar, siempre hablé mucho. No me gustaba el silencio que se producía dentro de un sitio, aun más dentro de un coche. Pero contra mi voluntad, el silencio fue tomando su lugar: me pedió que abriera la ventana un rato porque ya no conseguíamos respirar. Escuché algo, distinto, asombroso, ¿qué era? De repente, parara. Volvia más intenso el ruído. estrujé los ojos en un afán desesperado de ver qué estaba allí afuera, lo único que veía era un horizonte negro profundo que fue desvelado cuando miré unas cositas blancas que se movían, que lamían la oscuridad, la oscuridad... una oscuridad que olía fragancias jamás sentidas, el viento helado rascando mi piel, lucían las espumas y nació de mi boca como la Afrodita magnífica : el mar. No quiero que sepa que nunca he visto el mar. Me contuve, me lo guardé, trababa mi respiración, mientras el auto avanzaba, volteaba mi cabeza hacia el oceano atlántico, era él, definitivamente, el ruído fuerte, la infinita oscuridad, las olas blancas... Ya no hablaba más, mis ojos se clavaron en algun punto, ya no veía, solo trataba de guardar en mi memoria esa sensación. Paramos. No sabía dónde. Alrededor, unos matojos, algunas plantas mayores. Empezamos a besarnos y él quiso sacarme la blusa. A principio me puse con vergüenza, pero despues, de tan caliente que estaba yo, dejé que lo hiciera, aun con la sensación que mejor no miraba mi cuerpo, ¿será que le gustaría? Quiso quitarme el sostén, y eso fue fuerte, subió arriba mío y llevó hacia mi pescuezo el brasier, dejando expuesto mi seno derecho en el que empezó a hacer fuerte succión, no sentí placer en eso, nunca me lo habían hecho, me puse un poco asustada. Fue muy rápido, sediento, como un salvaje. Lo empujé, le dije que nos vayamos. Su verga casi saltando del pantalón, insistió, me apretaba la cintura, me miraba sin encontrar mis ojos, paró, suspiró y se disculpó. Siempre intentaba algo así. Y al final, yo lo recordaba y me gustaba."
fragmento - Laura Gonzalez
jueves, octubre 26, 2006
miércoles, octubre 25, 2006
lunes, octubre 23, 2006
lingüisticamente falando...
ºº
Recebi esse mail :
Achei interessante somente para ver as alterações naturais da fala, do significado. A fala não é estática. Portanto, não está errado dizer " quem tem boca vai à Roma", oras, não tenho porque vaiar Roma hoje, hehe.
Recebi esse mail :
Diz -se:
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão... Enquanto o correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão...
No popular se diz: Cor de burro quando foge. O correto é: Corro de burro quando foge!
Outro que no popular todo mundo erra: quem tem boca vai à Roma. O correto é: Quem tem boca vaia Roma.
Outro que todo mundo diz errado, - Cuspido e escarrado - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. Correto é: Esculpido em Carrara (Carrara é um tipode mármore)
Mais um famoso...Quem não tem cão, caça com gato... O correto é: - Quem não tem cão, caça como gato... Ou seja, sozinho!!!
Achei interessante somente para ver as alterações naturais da fala, do significado. A fala não é estática. Portanto, não está errado dizer " quem tem boca vai à Roma", oras, não tenho porque vaiar Roma hoje, hehe.
Bom, o lance da batata pode ser. Existia uma musiquinha com esse refrão, mas já viu, na fala tudo é possível. Por isso, o correto é bem relativo. Correr do burro quando foge também faz sentido, posto que qualquer animal que foge pode ser violento. Não sei porque escolhemos o burro, porque não a onça? o cavalo? enfim. E por que então nos desenhos animados o animal medroso muda de cor? geralmente aparecem com uma faixa amarela nas costas. Nós mesmos, cuando afligidos pelo terror, ficamos pálidos, não nos chega sangue, ficamos petrificados!
Agora, porque vaiar Roma? Só porque eles ferraram um montão de cidades há dois mil anos atrás? Hahahah, acho que tem fundo de verdade, porque os romanos, barbaramente, destruíram muito de culturas alheias, além do pão e circo que era uma insanidade. Mas ter boca e ir à Roma também tem sentido, ela se converte em foco para muita gente, as pessoas querem ir até lá, e como antes não existia plaquinha de tránsito, os caras que tinham boca tentavam se comunicar e melhor ainda quem tinha o Latim! If you have a mouth, you can go to Rome!
O outro, também tem a versão "esculpido e encarnado" de tão parecido. Fico com essa. O mármore de carrara é considero nobre para escultura, de fato, peças lindas podem ser feitas desse material, DAVI de Michelangelo, por exemplo. Como ele é passível de polimento, o mármore pode adiquirir perfeição de texturas... por isso alguém chegar a ser tão bem representado. E o "encarnado": é tão igualzinho o sujeito que até lhe baixou o espírito do outro. Hahaha. Isso é bem interessante. Se pensarmos bem, por que será que ao longo dos tempos, a fala produziu isso, o cuspido e escarrado? Bom, é meio escatológico pensar nisso, mas o escarro e o cuspe também são do interior de uma pessoa, são coisas muito íntimas não acham? haha. Que só podem pertencer a alguém específico. E se uma pessoa é cuspida e escarrada da outra, é que lhe tem a mesma essência, até os mesmos fluídos. Que nojo! Hahah. O dos gatos... veja, gato é um bom caçador de ratos. é felino. os felinos geneticamente são bons caçadores. Nem sempre caçam sozinhos. Já vi gatos caçando em conjunto. Minha vizinha tem uns 5. Mas a frase "original" tem sentido também. Deve ser chato caçar sozinho. Como é sabido que se pode caçar com cães, mais legal seria fazer uma frase usando de algum animal antagônico, o gato. Digo isso porque há outros animais que sim, caçam sozinhos. Aliás, muito dos caninos, lobos selvagens, etc.
Acho que sempre são pertinentes as modificações, elas se adaptam à uma necessidade da língua (alguns ditos "modificados" têm até mesmo uma cadência mais fluída), e de comunicação. Portanto, não sei se podemos dizer "o correto é dizer isso: ____". O correto é adaptar, adequar-se..
Agora, porque vaiar Roma? Só porque eles ferraram um montão de cidades há dois mil anos atrás? Hahahah, acho que tem fundo de verdade, porque os romanos, barbaramente, destruíram muito de culturas alheias, além do pão e circo que era uma insanidade. Mas ter boca e ir à Roma também tem sentido, ela se converte em foco para muita gente, as pessoas querem ir até lá, e como antes não existia plaquinha de tránsito, os caras que tinham boca tentavam se comunicar e melhor ainda quem tinha o Latim! If you have a mouth, you can go to Rome!
O outro, também tem a versão "esculpido e encarnado" de tão parecido. Fico com essa. O mármore de carrara é considero nobre para escultura, de fato, peças lindas podem ser feitas desse material, DAVI de Michelangelo, por exemplo. Como ele é passível de polimento, o mármore pode adiquirir perfeição de texturas... por isso alguém chegar a ser tão bem representado. E o "encarnado": é tão igualzinho o sujeito que até lhe baixou o espírito do outro. Hahaha. Isso é bem interessante. Se pensarmos bem, por que será que ao longo dos tempos, a fala produziu isso, o cuspido e escarrado? Bom, é meio escatológico pensar nisso, mas o escarro e o cuspe também são do interior de uma pessoa, são coisas muito íntimas não acham? haha. Que só podem pertencer a alguém específico. E se uma pessoa é cuspida e escarrada da outra, é que lhe tem a mesma essência, até os mesmos fluídos. Que nojo! Hahah. O dos gatos... veja, gato é um bom caçador de ratos. é felino. os felinos geneticamente são bons caçadores. Nem sempre caçam sozinhos. Já vi gatos caçando em conjunto. Minha vizinha tem uns 5. Mas a frase "original" tem sentido também. Deve ser chato caçar sozinho. Como é sabido que se pode caçar com cães, mais legal seria fazer uma frase usando de algum animal antagônico, o gato. Digo isso porque há outros animais que sim, caçam sozinhos. Aliás, muito dos caninos, lobos selvagens, etc.
Acho que sempre são pertinentes as modificações, elas se adaptam à uma necessidade da língua (alguns ditos "modificados" têm até mesmo uma cadência mais fluída), e de comunicação. Portanto, não sei se podemos dizer "o correto é dizer isso: ____". O correto é adaptar, adequar-se..
Mas de toda forma, isso aqui , é bem engraçado !
ºº
domingo, octubre 22, 2006
espumas pacíficas
La gran lluvia del sur cae sobre Isla Negra
como una sola gota transparente y pesada,
el mar abre sus hojas frías y la recibe,
la tierra aprende el húmedo destino de una copa.
Alma mía, dame en tus besos el agua
salobre de estos mares, la miel del territorio,
la fragancia mojada por mil labios del cielo,
la paciencia sagrada del mar en el invierno.
Neruda.
centro no domingo
Centro no fim de semana. saudades do CCBB. Alguém ahí perto do banco da Sandra Cinto.
sábado, octubre 21, 2006
viernes, octubre 20, 2006
Hoje:purê de abóbora!
Não lembro por que razão fi(z)cara brava com minha mãe. Chinguei palavras estranhas e joguei longe o sapatinho, que se encharcou na poça d'água. Saí do quintal. Depois do almoço, fui buscar o calçado. Meus olhos fitados no chão, farejando, onde poderia estar? Quase desistindo, olhei pra cima e vi: o sapatinho lá, acomodado, encima do muro, tomando Sol.
ºº
martes, octubre 17, 2006
Linhas Polifurcadas
Que conversa interessante tive com uma pessoa que conheci... e que loucura foi fazê-lo entender o que eu realmente faço da vida. Pra começar, trabalho com arte-educação em museu. Ah, no Museu do Ipiranga? Não... em vários museus, na verdade. Não sou registrada. Quando não há mostra de arte, sou - como diz meu colega Amauri - um fantasma desempregado. Mas o que faz? Bom, resumindo, converso com as pessoas sobre arte, dialogamos, refletimos. Sei... então você é como uma recepcionista no museu? Não é bem assim... Quando há uma exposição, os museus ou centros culturais contratam educadores para realizarem visitas educativas, falamos sobre a obra, artistas, criamos um diálogo, uma reflexão, sonhos, vida, de tudo discutimos. AHHH, então você é guia!!!! Bom, eu na verdade, sou guia de turismo, credenciada pela Embratur... mas educadores não são guias. Têm outro enfoque, outro objetivo.
A conversa foi ficando mais introsada, assim como suas mãos nas minhas. Ah, é porque também sou quiro(ro)mântica. Faz alguns anos que estudo essa prática tão interessante. Cada linhazinha é uma pincelada que delinea rumos, compondo um conjunto que mais parece um texto. Aproveitei e vi se ele tinha o Monte de Vênus bem saliente. Era bem realçado. Levei sua mão esquerda bem perto de meus olhos. Destino... não tem destino. Não vejo a Linha do Destino. Isso seria mal sinal? É legal pensar sobre o que quer fazer da vida, meu filho! Não vejo nada! Deixa eu ver a outra. Direita vazia. Nem pensamento, nem ação, disse-lhe. Então você explica obras de arte? Arte antiga? Aqueles quadros gigantes? Depende da exposição. Às vezes, arte moderna, contemporânea, vídeos, e assim vai. Houve uma sobre fósseis, dinossauros... AHHH, achei algo que pode ser o Destino! A linha chegava perto do dedo mediano, isso é índice de concretizações, vejo uns caminhos.
Educação Artística. Você estuda isso, não é? Não. Comecei estudando Arquitetura, até passei passei pelas Artes, larguei! mas até explicar tudo para ele, achei melhor resumir: estudo Letras. Até gostava da Arquitetura, mas pesou muito Concreto Armado I, Topografia com o Takao, semi-olvidadas épocas. Falemos da Vida. Tem uma linha bem forte, muito fincada, ininterrupta, mais adiante, ela se rompe, outro vazio olhei. Logo, voltava muito sutil e dividida. Vou me casar duas vezes? Terei dois filhos? Não sei ainda, tenho que ver tudo em conjunto.
Você lê livros e mãos, gosta mais do quê? De tocar violão. Ah, num tem coisa melhor!
domingo, octubre 15, 2006
viernes, octubre 13, 2006
ZUZU ANGEL, o filme.
Inesgotável foi a criatividade e inventividade dos métodos da tortura num Brasil marcado pela ditadura. A crueldade parece mesmo não ter limite. Dos corpos devorados pela terra-mãe, ou pelas nossas margens plácidas, pode-se ouvir algum eco? Dessas reverberações, algumas rebatem forte no peito, até perfurá-lo, dardejando contra o pulmão, asfixiado.
Frente à Iglesia de la Encarnación: corpos jazidos, estirados e ensangüentados... tendo como testemunhas os ventres que os geraram. Em terras guaranis de Stroessner muito se sabia do destino dos opositores. Amargas são as memórias latino-americanas. E nossa Zuzu Angel, mesmo diante de todas as provas circunstanciais, de toda a verdade ocultada, abafada, não tocou a face gélida de seu filho. Sabido era o fim, consumada a dor, mas sua batalha pelo desvendar do crime não cessou. As memórias doces, singelas... porque deixei você sozinho, meu filho, na praia, sozinho... Que dor estarrecedora, olhar perdido do filho que busca a mãe, a mãe que protege, que vê as conquistas, que torce pelas competições, agonizando por medo da derrota e depois, da perda.
Os ecos se materializaram, convertidos em arte sobre o tecido, em protesto vestido de dor e inconformismo. Os ecos gravados pela milícia, trespassaram as paredes e funcionaram como os pyragués[1] paraguaios, delatando toda e qualquer força opositora. Muitos terminaram suas lutas assim, estrada escura, luz forte refletida no retrovisor, momentos ligeiros cavalgando frente aos olhos, recordações póstumas. Esperança de que “amanhã vai ser outro dia”.
[1] Pyragué na língua guarani significa “delator”, era uma figura que no Paraguai, a mando do governo ditatorial, conseguia adentrar-se no cotidiano do cidadão, descobrindo quem era oposição, quem possuía dentro de suas casas a foice e o martelo.
ºº
Cervantes
-¡Oh, malaventurado escudero, alma de cántaro, corazón de alcornoque, de entrañas guijeñas y apedernaladas! Si te mandaron, ladrón, desuellacaras, que te arrojaras de una alta torre al suelo; si te pidieron, enemigo del género hunmano, que te comieras una docena de sapos, dos de lagartos e tres de culebras; si te persuadieran a que mataras tu mujer y a tus hijos con algún truculento y agudo alfanje, no fueras maravilla que te mostraras melindroso y esquivo;
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