domingo, noviembre 02, 2008

de volta à casa.

Fiz as pazes com meu blog.
Fiquei a pensar se eu estava muito tempo sem fazer nada e logo, quando consigo um trabalho fixo, meu tempo todo é dedicado a ele.
No início é assim, quem sabe. A entrega, a concentração. Chego em casa e ainda reflito sobre o dia trabalhado, idéias, postura, sensações.
Passaram uns bons 6 meses desde que me fixei num só lugar, trabalhando com continuidade. Diferente. A efemeridade das exposições continua, uma diferente da outra, de modo que sempre há coisas novas para estudar e conhecer. Isso tem me movido e deixado com alegria.
Educador que trabalha em vários museus, sem salário garantido todo mês, sem direito de pegar uma gripe forte e faltar no trabalho, sem as devidas valorizações... Ainda assim, não me via em outra situação, o prazer dessa vida "instável" e a segurança de não conviver com posturas equivocadas por muito tempo... muitas coisas me prendiam ao trabalho temporário. E compartilho disso com muitos colegas.
Mas reconhecer-se a si mesmo é muito caminho andado para um reconhecimento maior. A angústia de não se ter um trabalho fixo para educador de exposições temporária, é totalmente compreesível e também é magnífica a oportunidade de ter contato com tantos acervos, obras, artistas, curadores, regras, posturas, metodologias.
Um dos artistas da exposição em que trabalho atualmente, disse ser magnífico ter um educador que possa atender pessoas no espaço expositivo. Mais lindo seria se essas condições de "estar no espaço" fossem justas e ainda, fossem fruto de um pensar generoso.
Volto ao meu bloguizinho, ainda com meus desabafos e alegrias. O Ipiranga não continua o mesmo definitivamente. O metrô tem sido gratificante, e futuramente talvez um problema... Há muitas famílias que terão que se mudar, ou pelos aluguéis que aumentam, ou pelas famílias que vendem suas casas, ou pela perda da tranquilidade do bairro.
Novas coisas para contar.
ºº