martes, octubre 17, 2006

Linhas Polifurcadas


Que conversa interessante tive com uma pessoa que conheci... e que loucura foi fazê-lo entender o que eu realmente faço da vida. Pra começar, trabalho com arte-educação em museu. Ah, no Museu do Ipiranga? Não... em vários museus, na verdade. Não sou registrada. Quando não há mostra de arte, sou - como diz meu colega Amauri - um fantasma desempregado. Mas o que faz? Bom, resumindo, converso com as pessoas sobre arte, dialogamos, refletimos. Sei... então você é como uma recepcionista no museu? Não é bem assim... Quando há uma exposição, os museus ou centros culturais contratam educadores para realizarem visitas educativas, falamos sobre a obra, artistas, criamos um diálogo, uma reflexão, sonhos, vida, de tudo discutimos. AHHH, então você é guia!!!! Bom, eu na verdade, sou guia de turismo, credenciada pela Embratur... mas educadores não são guias. Têm outro enfoque, outro objetivo.

A conversa foi ficando mais introsada, assim como suas mãos nas minhas. Ah, é porque também sou quiro(ro)mântica. Faz alguns anos que estudo essa prática tão interessante. Cada linhazinha é uma pincelada que delinea rumos, compondo um conjunto que mais parece um texto. Aproveitei e vi se ele tinha o Monte de Vênus bem saliente. Era bem realçado. Levei sua mão esquerda bem perto de meus olhos. Destino... não tem destino. Não vejo a Linha do Destino. Isso seria mal sinal? É legal pensar sobre o que quer fazer da vida, meu filho! Não vejo nada! Deixa eu ver a outra. Direita vazia. Nem pensamento, nem ação, disse-lhe. Então você explica obras de arte? Arte antiga? Aqueles quadros gigantes? Depende da exposição. Às vezes, arte moderna, contemporânea, vídeos, e assim vai. Houve uma sobre fósseis, dinossauros... AHHH, achei algo que pode ser o Destino! A linha chegava perto do dedo mediano, isso é índice de concretizações, vejo uns caminhos.
Educação Artística. Você estuda isso, não é? Não. Comecei estudando Arquitetura, até passei passei pelas Artes, larguei! mas até explicar tudo para ele, achei melhor resumir: estudo Letras. Até gostava da Arquitetura, mas pesou muito Concreto Armado I, Topografia com o Takao, semi-olvidadas épocas. Falemos da Vida. Tem uma linha bem forte, muito fincada, ininterrupta, mais adiante, ela se rompe, outro vazio olhei. Logo, voltava muito sutil e dividida. Vou me casar duas vezes? Terei dois filhos? Não sei ainda, tenho que ver tudo em conjunto.

Você lê livros e mãos, gosta mais do quê? De tocar violão. Ah, num tem coisa melhor!

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